Bar que não serve cerveja Pilsen? Conversamos com um dos piratas da Weird Barrel

Bar que não serve cerveja Pilsen? Conversamos com um dos piratas da Weird Barrel

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Homem vestido de pirata. Foto: James ShawHomem vestido de pirata. Foto: James Shaw

Essa onda de cerveja artesanal atrai cada vez mais um público diferente. E numa maré em 2015, atracou em Ribeirão Preto o brewpub de nome complicado de se pronunciar, o Weird Barrel. De lá para cá muita água rolou e a “espelunca”, nome carinhoso dado ao bar, se mostra pronta para todo tipo de tormenta.

Ribeirão ganhou uma casa com muita personalidade, cervejas únicas e servidas exclusivamente nas torneiras do bar, além de finais de semana no deck do convés e muitas idéias para cada vez mais fazer da cerveja um entretenimento além do copo. Conversamos informalmente com Renato Vergani, sócio da casa e um dos piratas que aparece pouco, mas tá sempre com um olho aberto pro negócio.

Renato Vergani, sócio da casa, em alguma espelunca maravilhosa na Bélgica. Foto: Arquivo Pessoal.

FM:1. Depois de todo esse tempo, o público já aprendeu a pronunciar corretamente o nome do bar (rs)?

RV: Muitos não..temos a complexidade do nome ser em inglês e a palavra weird, que é de difícil pronuncia. Percebo que acabam chamando de “bar do pirata”.

FM:2. A escolha de seguir uma linha menos comum, deixa de atrair um certo público?

RV: Certamente que sim. Esse é um desafio constante, ser diferente e atrair público leigo que está em aprendizado. Por outro lado o diferente chama atenção, o que nos permite ser irreverente e despertar curiosidade.

FM: 3. Não ter Pilsen na casa em algum momento foi ruim?

RV: Sim e não. Sim porque na atual conjuntura economica, trabalhar com público restrito nos faz ter margens mais apertadas. Por outro lado, não ter o que todos tem, mostra de novo nosso foco de ser diferente e que não devemos desviar a rota do navio para não perder o rumo.

FM: 4. Os sócios são muito envolvidos no mercado cervejeiro e cada um tem sua especialidade. Como isso se traduz na gestão?

RV: A gestão é leve pela segurança que cada um tem no outro. Sempre que há dúvida, trocamos idéia nas reuniões semanais, mas a maioria dos itens de operação são conduzidos muito bem por cada pirata.

Rafa Moschetta é o sócio que dá a cara de pirata e torna a marca mais humana. No horário comercial cuida do marketing. Foto: Divulgação.

FM:5. Mais do que só um bar, vocês são case de brewpub no Brasil inteiro. Vai rolar o franqueamento da marca? Já tem interessados?

RV: A expansão é algo que precisa ser analisada a fundo. Margens de lucro, faturamento e outros indicadores são importantes nesse momento. Estamos constantemente pensando no “como” expandir, mas levando em conta que nada pode rasurar nossa marca e nossos produtos.

FM: 6. Os finais de semana no deck do navio tem rendido diversão, cervejas e comidas fora do cardápio. Se tornou obrigatório fazer? O público se tornou habitué desses especiais?

RV: Criamos um evento inovador para os domingos de ribeirão. O público do dia é diferente do da noite, as familias também conseguem vir. Importante inovar sempre, inclusive nessa epoca da copa do mundo teremos apostas e outras novidades do capitão.

FM:7. Como funciona esse rankeamento que vcs fazem com os melhores clientes da casa?

RV: Usamos indicadores como consumo individual e frequencia no brewpub. É importante a nosso ver valorizar os nossos clientes e esses em especial. Durante um ano compilamos todos os dados dos cartões de consumo e sempre anunciamos no evento de aniversário. Fidelizar é algo essencial no mercado atual.

Os clientes mais “chegados” da casa ganharam quadro especial com fantasia de pirata. Foto: Facebook Weird Barrel

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